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SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE PANDEMIA


Em alguns meses fomos tomados por incertezas e instabilidade. O cenário mundial modificou e as rotinas das grandes e pequenas cidades sofreram alterações. Diante da pandemia do Covid-19 e a necessidade de prevenção – como medida principal o isolamento social, as pessoas em todo o mundo puderam observar suas vidas sendo alteradas de modo instantâneo. Além dos medos e receios referentes a saúde física, estão precisando lidar também com as dúvidas no que tange as consequências futuras desta crise – e isto engloba aspectos econômicos, sociais e emocionais. Uma série de lutos estão sendo vivenciados – lutos diante de falecimento de entes queridos, lutos referentes as perdas no trabalho, perda dos planos que foram idealizados para este ano, luto devido a diminuição no ritmo acelerado que estávamos adaptados a viver, abrindo espaço para a instabilidade e a impossibilidade de se idealizar o futuro. E como diante de todo este cenário pensar em saúde mental? Afinal, o que é saúde mental? A OMS – Organização Mundial de Saúde entende por saúde mental o nível de qualidade de vida cognitiva e emocional dos sujeitos, incluindo a capacidade que cada um irá desenvolver para lidar com os conflitos e circunstâncias as quais vivenciam. Por se tratar de uma área muito subjetiva, a busca por manter a saúde mental deve ser vivida de modo muito particular por cada indivíduo. Existem inúmeras maneiras de se obter este cuidado emocional, entretanto, no momento atual todos estamos lidando com limitações referentes a estes cuidados.

Existem estudos que comprovam a influência da prática de atividades físicas, artísticas (cinema, leitura, pintura), culinária e lazer (viagens, passeios) para a manutenção da saúde emocional. Cada sujeito poderá utilizar dos recursos que lhe são acessíveis e possíveis neste momento no intuito de alcançarem este bem estar mental, utilizando de resiliência, artificio imprescindível diante de situações conflitantes. Algumas estratégias podem ser utilizadas visando a prevenção de agentes estressores, tais como: diminuição de exposição a excesso de informações, organização de uma rotina mesmo estando em casa, busca em manter atividades prazerosas e que causem satisfação – e nesse caso, cada individuo pode pensar de forma singular no que lhe acalenta e traz leveza. Ademais, e prioritariamente é indicado o respeito e diminuição das cobranças consigo mesmos. São tempos duros e difíceis para todos, é válido e importante que as pessoas possam se respeitar e entendendo que em determinados momentos irão precisar lidar e digerir os sentimentos e pensamentos, sejam eles, positivos ou negativos. Todos eles nos compõem enquanto indivíduos e é preciso sabedoria para aceitá-los e buscar lidar com estes. Uma certeza que temos é que em algum momento tudo isso vai passar. E haverá a possibilidade de retomarmos para nossas vidas e acredito que esse retorno será um recomeço. Se permitam vivenciar esta crise, para que posterior a ela, consigam recomeçar se percebendo como sujeitos resilientes e seguros de si.



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